COMENTÁRIOS

     Olá alunos e amigos!

     Nesta página publicaremos comentários e outros assuntos de nosso interesse e de toda a família Pegasus que acharmos relevantes e que, de alguma forma, possam contribuir para o crescimento de nossos alunos e amigos.
Abraços
Alfredo/Simone



A mutilação do taekwondo

Por: Jair Queiroz
          No final do ano de ano de 1973 conheci o taekwondo, mas só no dia 11 de outubro de 1974 fiz minha primeira aula. Seguiram-se anos de treinamentos intensivos, praticamente sem descanso nem aos domingos ou feriados. Lembro-me inclusive que fomos convocados pelo nosso professor, o jovem coreano L. Han Kim, introdutor da modalidade em Londrina, para treinarmos nos horários em que aconteciam os jogos da copa de do mundo de 1974. Dizia ele: “É uma forma de lapidarmos o espírito, vencendo os nossos desejos”.
          Foi com ele que aprendi que o nome Tae-kwon-do, isso mesmo, separado por hífens, significa “O caminho filosófico de usar os pés e das mãos na luta”, onde tae significa pés, pular, chutar, pisar etc; kwon, mão, socar, bloquear, segurar etc; e do, a essência da sua prática, o caminho filosófico.
        Uma aula tinha a duração de duas horas, das quais mais da metade era reservada à prática dos hyong (hoje poomse). Os movimentos de ataque e defesa tinham que ser executados com firmeza, velocidade e precisão absoluta. Treinávamos muitos saltos e os empregávamos nas lutas. Naquela época o taekwondo era chamado de “luta dos homens voadores”. Era um tae-kwon-do marcial, cujo treinamento tinha por objetivo preparar o praticante para se sobrepor ao adversário no menor tempo possível, utilizando os mais duros golpes possíveis.       As competições existiam e eram duras, francas, frente a frente, sem o uso dos equipamentos de proteção que hoje são indispensáveis, aliás, obrigatórios... ainda bem! Muitas lutas terminavam antes do primeiro minuto e por nocautes que muitas vezes provocavam lesões graves. Os golpes eram desferidos com as mãos e os pés quase na mesma proporção.
          Era a época do gaúcho Edson Batista, considerado a melhor técnica do taekwondo nacional naquele período. No Rio, Rodney era o grande destaque e no Paraná, na minha categoria eu era invicto.
Com o advento das olimpíadas e a exigência dos novos equipamentos protetivos, treinar ficou mais fácil, menos traumático. Competir idem... que bom! Definitivamente o taekwondo se tornou um esporte e me alegro com a grande expansão que teve nos últimos anos. Lamento, porém, que isso tenha proporcionado a sua gradativa mutilação, primeiro ao eliminar o “do”, a filosofia, o caminho. Essa mutilação se deu por conta do desinteresse pelo poomses, cuja concepção reúne elementos do taoísmo, filosofia fortemente presente na cultura coreana. Aliás, poucos sabem hoje que as palavras Tae Guk, como são denominados cada uma das sequencias, significam princípio e eternidade e têm o mesmo sentido que o Yin e Yang chinês, e que seus diagramas simbolizam os elementos da natureza, água, ar, terra e fogo, representados pelas barras pretas (trigramas) que ladeiam o círculo azul e vermelho (Tae Guk) que figura no centro da bandeira da Coréia.
          A ênfase da prática voltou-se estritamente para a competitividade por isso treinadores ávidos por fazer campeões vão direto ao que lhes interessa, ou seja, a luta em si. Restou então o taekwon,chutes e socos assim como em muitas outras lutas.
          Com a evolução das técnicas de competição o uso dos punhos também foi praticamente suprimido das lutas, até mesmo para a defesa, restando assim apenas o tae, ou seja, isto é “a luta com os pés”.
          É óbvio que para se ter melhor aproveitamento o atleta deve empregar o golpe mais eficaz e que o exponha menos no momento da aplicação e esse é o bandal tchagui (ou ap dolio), eficientíssimo para pontuar, mas limitadíssimo do ponto de vista da marcialidade do taekwondo original que possibilitava uma infinidade de combinações de golpes. É, sem dúvida, o chute que mais decide competições, porém sob o preço de ter alijado a modalidade da beleza plástica dos chutes voadores, os giratórios e outros, por vezes aplicados praticamente de improviso, mas que surpreendiam e embelezavam as disputas (aproveitamos para render um tributo ao grande Cesar Galvão).
          Quero deixar claro que não sou um saudosista, retrógrado, pois além de manter o ensinamento tradicional também me adequei aos novos tempos e louvo a prática esportiva, embora pense que teria sido possível o mesmo nível de desenvolvimento sem essa mutilação da concepção original do taekwondo.
          Lembrei-me, finalmente, que durante as olimpíadas de Pequim a TV exibia uma das lutas pela medalha de ouro e um telespectador anônimo, frustrado diante do que via, bradou: “Que m. de luta é essa. Só tem um tipo de chute!”.
          Fiquei imaginando um mestre atual respondendo ao neófito que quer saber o  significado da palavra taekwondo. Diria ele: É... “a luta de um chute só”.
Como se diria isso em idioma coreano? Certamente não é Taekwondo.

Jair Queiroz - Mestre 5º Dan - K’roz Taekwondo, Londrina- PR



Uma reflexão sobre o Ser Mestre


O que seria esta especial condição que alguém pode alcançar?

A história do homem tem dado indícios de quais ingredientes poderiam ser levados em consideração para qualificar alguém como Mestre. Mas hoje, o que significa ser um Mestre?
Costumamos considerar Mestre, aquele que é versado, habilitado ou capacitado em uma arte ou ciência. Por exemplo, Vila-Lobos na música, Jorge Amado na literatura, Oscar Niemayer na Arquitetura, Aleijadinho na arte barroca, Einstein na física e tantos outros.

O dicionário Aurélio nos dá alguns indicativos:
Mestre.... 1.Homem que ensina; professor; 2.Aquele que é perito ou versado numa ciência ou arte...3.Homem superior e de muito saber: 4.Aquele que se avantaja em qualquer coisa: Em criar confusões ele é mestre...11.Diretor espiritual; mentor, confessor...13.Aquele que tem o mestrado (5)...21.Bras. Cap. Título concedido a capoeiristas mais experientes, com notório saber e longa vivência na capoeira...23.Que é superior a... 25.Que é o mais importante; que serve de base ou de guia; principal, fundamental: 

Nas Artes Marciais, ao longo da história, fomos associando este título a indivíduos realmente excepcionais, tais como: Ms Sokaku Takeda (Daitoryu Aikijujutsu), Ms Murihei Ueshiba (Aikido), Ms Funakoshi (Karatê), Ms Young Sul Choi (Hapkido), Ms Choi Hong Hi (Taekwondo), Ms Hwang Kee (Môo Duk Kwan) entre tantos que deram uma contribuição espetacular para inúmeras modalidades de Artes Marciais ou Esportes de Combates e tantos outros com o mesmo grau de importância.

Todavia, nestes últimos anos muita coisa mudou. Alguns valores deram espaço a outros que até então eram inconcebíveis. A modernização das Artes Marciais, na tentativa de se adaptarem aos novos tempos, fez com que perdessem sua essência, como a luta pela sobrevivência ou o vencer para não ser vencido, a união entre a prática física e a espiritual, a filosofia, ou sua própria história dando lugar ao novo, ou seja, às competições, às exibições e o espetáculo.

Não seria radical afirmar que estamos na contramão da história e que nos perdemos no nosso próprio egoísmo, desrespeitando todo um acúmulo de centenas de anos de trabalho de um considerável conhecimento das potencialidades humanas.

Ora, hoje o termo mestre é usado como cordialidade ou educação pelo conjunto da sociedade. Também pertence ao meio acadêmico, referindo-se àquele que conclui um curso Stricto-sensu, um mestrado.

Para as Artes Marciais este termo é uma designação a praticantes muito experientes e com longo tempo de estudo de sua arte.

No Taekwondo, não é diferente. Os praticantes, depois de atingirem o estágio de Faixa Preta reiniciam um outro e longo caminho de aprendizagem e essa graduação é geralmente denominada Dan, do 1º ao 9º ou 10º.

Até bem pouco tempo não era comum encontrar pessoas com essas graduações, o que para muitos dos praticantes significava um sonho. Hoje isto mudou, ser um Faixa Preta perdeu o encanto. Aquilo que era algo de difícil acesso ou conquista, perdeu o charme. Encontramos Faixas Pretas em qualquer lugar. E o que é pior, com comportamento totalmente incoerente com o estágio conquistado.

Já que ser graduado com Dans ficou comum, a moda agora é virar mestre. E alguns chegam a este estágio de maneiras tão estranhas que chega a espantar; o comércio, a politicagem, chantagem, submissão, subserviência, prestação de serviços, favores e tantas outras. Menos com treinos, dedicação, reflexão, humildade, meditação e compromisso com a conduta adequada. Ser um mestre hoje se popularizou tanto que já esta perdendo a graça; a nova onda, pelo jeito, será ser Grão-Mestre. Grande nem que seja nos dans, já que a maestria e a grandeza do espírito pouco importa. É desagradável ver que muitos graduados querem mais graus e esquecem que grandes conquistas implicam em grandes responsabilidades.

Ser Mestre é uma condição muito especial e não é para qualquer um. Alguns mestres atuais podem até desfilar com seus “risquinhos na faixa”, mas, enganam-se a si mesmos e a outros expondo as Artes Marciais ao descrédito. O lamentável é que não adquiriram isso sozinho, tiveram um Grão-Mestre que compactuando com estas discrepâncias, não percebendo que também se tornariam vítimas nessa banalização de Dans e Mestres; sem contar o desrespeito com aqueles que fazem jus a tal distinção.

Na essência da nossa reflexão, o verdadeiro mestre é, portanto, aquele que se tornou senhor de si, isto é, mestre de si mesmo. Alguém com o espírito diferenciado e mais próximo da iluminação. Segundo Georges Gusdorf: “Professores há muitos; mestres, dignos deste nome raros o são. O mestre é. Porque a sua vida tem um sentido, ensina a possibilidade de existir (...).” Entende-se que os professores ensinam por palavras, com os Mestres aprendemos por ações e exemplos.

Jesus, segundo o Evangelho de São Lucas 6:40 disse: Não é o discípulo mais do que o seu mestre; mas todo o que for bem instruído será como o seu mestre. Não seria esta a missão de um Mestre? Colaborar para crescimento e independência do aluno? Não seria ensiná-lo a andar por si só e poder se orgulhar por dar essa contribuição? Não seria este o ideal de criação dos nossos filhos?

A questão do ser mestre vai muito além da própria definição. É muito mais que um adjetivo, é uma condição, um papel que se desempenha. Por isso, devemos considerar que esse termo especial nem sempre é usado para definir qualidade, pois há casos em que o sujeito é mestre, mas em algo nada louvável. Consideremos que alguém somente será um verdadeiro mestre, se tiver alunos, e essa qualidade só ficará evidente quando houver uma relação de aprendizagem, mas não uma relação simples, algo bem maior para o seu discípulo como; a tarefa de educar, dar rumo, direção, um norte, uma causa, enfim, um sentido para a vida.

No sentido filosófico do termo, a existência do mestre pode ser mensurada pela qualidade de sua obra e pelas atitudes de seus discípulos.

“O mestre e o discípulo não se descobrem como tais senão na relação que os une (...) pode-se dizer que é o discípulo que faz o mestre, e o mestre que faz o discípulo.” Gusdorf (1970:250).

Costumamos fazer muita confusão nesta relação, pois, valorizamos em demasia o título, e esquecemos de sua essência. A relação Mestre / Aluno, implica em um aceitar o outro e se isto não acontece; nada mais tem sentido. Vemos muitos mestres querendo arrancar o respeito pela simples ostentação deste grau, ou até à força, sem perceberem que eles também precisam ser aceitos, pois caso contrário, o ser mestre não significará nada.

Portanto, mesmo que nos esforcemos para manter dentro das Artes Marciais alguns costumes que aprendemos e que continuamos a reproduzi-los, faz-se necessária uma séria reflexão sobre esta questão; caso contrário nos tornaremos “mestres” do nada, e o pior, nem de nós mesmos.

De qualquer forma, mesmo que alguns achem mais prático entender a condição de mestre como um mero grau burocrático, haverá outros em busca de um verdadeiro Mestre, não um instrutor, um professor, um técnico ou um bom treinador, essa é a parte mais fácil. Um mestre no sentido amplo da palavra com igual importância, que se enquadre no sentido mais nobre do termo. Alguém com a missão de ensinar um pouco mais do que técnicas, que saiba conduzir os seus no caminho ideal das artes marciais, além de entender e assumir integralmente sua condição humana. 

José Afonso Nunes
F. Preta de Taekwondo
Mossoró - RN



CONDICIONAMENTO FÍSICO X CONDICIONAMENTO TÉCNICO MARCIAL

O condicionamento físico é um conceito novo comparado aos conceitos mais relevantes das Artes Marciais. O termo correto para nossos praticantes é condicionamento técnico marcial (CTM).

Por: Roberto Cardia

São dois conceitos distintos que em alguns momentos podem comungar valores e verdades.

Muitos acreditam que são a mesma coisa, porém, para os profissionais da área marcial, vai além de qualquer idéia ocidental ou de questionamentos que visam a comprovação científica. Contudo, esta se dá mediante as realizações através de equipamentos e enquanto não são elaborados novos, não haverá mensuração como, por exemplo, aTeoria do Ki.

O condicionamento físico é algo que sustenta valores como intensidade, duração, séries de exercício, etc. No CTM presenciamos a capacitação da execução técnica do praticante, sem pressa e muitas vezes sem séries, pois o mais importante é o movimento correto e a autonomia deste em saber dirigir seus treinamentos. A funcionabilidade desta prática não é uma utopia, vale-se de conceitos que envolvem as Artes Marciais, assim como a filosofia e a consciência corporal dos movimentos técnicos para obter o quantitativo necessário de seus treinamentos no cotidiano. Não existe intenção de querer ser o melhor perante o outro, nem muito menos seguir modismos fisioculturais, é um encontro com suas tendências marciais para uma vida saudável.

CTM não prende o praticante a um profissional onde existe a necessidade da orientação como, por exemplo, avaliações periódicas de séries e pesos. Muito pelo contrário, liberta o aprendiz e o faz entender que a vida, seus movimentos técnicos e a construção de um caráter ´perfeito` e digno de apreciação social é o seu verdadeiro destino e caminho para uma técnica melhor. Nada mais que filosofia e treinamento em um só, o que resulta em CTM.

O aprofundamento filosófico deste segmento deve-se aos estudos de diversas teorias e conhecimentos sobre a movimentação da natureza, por exemplo. Portanto, é incoerente e equivocado quando é mencionado um assunto sobre condicionamento físico nas Artes Marciais. Arte Marcial é um conjunto de técnicas distintas onde não existem competições e conteúdos desportivos!

Conclusão: Arte Marcial nunca, em nenhuma hipótese, pode ser comparada ou assimilada a qualquer outro esporte, muito menos ser substituída ou valorizada por outra linha de exercício. É simples, pura e única. Independente e ´solitária` em cada Ser.

Ms. Roberto Cardia
www.taochido.com
robertocardia@ig.com.br

Março de 2007


Síndrome do excesso de treinamento físico

Minha vó já dizia: “Tudo que é demais, faz mal...”, isto vale para tudo, principalmente para a atividade física. Foi se o tempo da mídia influenciar nossas “cabeças” com corpos perfeitos, hoje o que conta é o padrão de vida, uma qualidade melhor, sem dores, sem indisposições no dia a dia.
Mas ainda existem indivíduos que pensam que quanto mais exercícios forem feitos, melhor será o resultado. Só que estes estão enganados, pois os exageros e as preocupações com a perfeição podem vir a desencadear a Síndrome de Excesso de Treinamento, que pode atingir desde atletas profissionais até amadores.

Essa síndrome ocorre porque quando passamos do limite, as proteínas são consumidas mais rapidamente do que ingerimos vitaminas e sais minerais, ocasionando os desgastes do organismo. Com isso, os músculos ficam mais frágeis e mais sujeitos a lesões. Os hormônios do estresse, os batimentos cardíacos e a pressão arterial podem sofrer alterações indesejáveis.

Os sintomas mais comuns do exagero na atividade física são: irritação, cansaço muscular, depressão, desmotivação, insônia. A musculatura tende a doer com mais freqüência, podendo aparecer também alterações no apetite e no desempenho sexual. Com isso, a imunidade do nosso organismo baixa e abre as portas às infecções.

Para se evitar esta síndrome não devemos deixar nossos prazeres de lado, como: passear, ficar com a família, sair com os amigos, e principalmente descansar para que ocorra uma recuperação da musculatura. O ideal a se fazer é intercalar um dia de exercícios com um dia de descanso ou intercalar, dia sim, dia não de exercícios de regiões musculares diferentes, por exemplo: Segunda fazer: peito, tríceps e quadríceps e na Terça fazer: costas, bíceps e ísquios – tibiais, musculaturas opostas.

Caso os sintomas já estejam mais severos, o melhor a fazer é procurar orientação médica e afastar-se das atividades por algum tempo, para que após o indivíduo volte de forma lenta e gradual, sem excessos.

O mais importante é não deixar de fazer atividades físicas, mas sempre com orientação de um profissional de Educação Física, pois ele saberá identificar a melhor forma de fazer os exercícios e reconhecer os primeiros sintomas de desgaste físico.

Fernanda Viezze - Graduada em Educação Física (FEEVALE)

Fonte: Revista Vida e Saúde



Qual o Estilo de Taekwondo que praticamos?
Por Alexandre Gomes 

O Taekwondo praticado em sua grande maioria no Brasil é o Tong Hab Kwan (Escola da União dos Estilos). Este foi um projeto liderado pela Korea Taekwondo Association para unificação do Taekwondo e fundação da WTF (parte desportiva) e Kuk Ki Won (parte marcial).


Neste projeto foram criados inicialmente os Poom-se, os Palgues e as Formas Superiores para Dan (Korio...), depois os Poom-se Te Guk. 

Como muitos GMs chegaram ao Brasil antes destas modificações, acabaram ensinando aqui seus estilos originais como (Chang Moo Kwan,Chang Hun Ryu, Moo Duk Kwan, Jidokwan, etc.) e depois se adequaram as mudanças. Alguns ainda mantendo os ensinamentos antigos, como, por exemplo, o GM Yong Min Kim, atual presidente da CBTKD. Ele foi um dos últimos GM no Brasil a atualizar-se para o novo estilo. Ainda hoje, em sua escola, os faixas-pretas treinam as formas Chang Hun (tul ou Hiong) em complemento aos poom-se.

Isso é válido para WTF, pois temos praticantes de Taekwondo ligados a outras federações que seguem seus estilos originais (Song ahm, ITF, etc..)

Os estilos permanecem na Coréia como confrarias e são na maioria filiados a KTA, KKW e a WTF.No entanto, mantém o treinamento tradicional como complemento ao Tong Hab Kwan.

Chang Moo Kwan é o estilo mais influente no TKD Brasileiro, pois a maioria dos GM pioneiros é deste estilo. Ex.: Woo Jae Lee, Te Bo Lee, Sang In Kim, etc. Originalmente eles utilizam as formas Pyung Ahm (Versão coreana dos Katas de Karate). O Chang Moo Kwan é presidido pelo GM Sun Bae Kim, pessoa muito influente no KKW e na história do Taekwondo. Ele emite certificados do Chang Moo Kwan juntamente com os do KKW. O GM Te Bo Lee (RS) foi nomeado por ele, recentemente, para ser o líder do estilo no Brasil.

E quanto aos estilos mais praticados no mundo não podemos dizer com certeza quais seriam. Mas dois estilos são muito influentes: o Chung Do kwan e Moo Duk Kwan.


Fique atento com a prática esportiva no frio





Nosso corpo tem maior dificuldade de adaptação às temperaturas baixas. As atividades orgânicas (metabolismo) nos músculos estão aumentadas e os vasos sanguíneos superficiais ficam mais estreitos. Esses e outros ajustes acontecem para que o organismo não perca calor através da pele. Reações como ereção dos pêlos e os tremores são outros mecanismos protetores contra o frio. A temperatura corporal inferior a 35°C já é sinal de hipotermia e leva a graves danos à saúde.
Para manter a temperatura corporal central estável, há o aumento da utilização de carboidratos e queda do VO2 máximo, prejudicando a performance do atleta. A temperatura muscular também fica diminuída levando à diminuição do controle neuromuscular e consequentemente ao prejuízo da coordenação motora mesmo em atletas de elite.
Aparentemente há menor produção de suor, mas a perda de água pela transpiração continua funcionando bem como pela respiração (a famosa fumaça) e urina por exemplo. A falta de água no organismo afeta a produção de calor e facilita a ocorrência da fadiga mais precocemente. Desta forma é preciso ficar atento ao risco de desidratação.
Atividades físicas e esportes praticados em ambientes externos durante a época fria aumentam o grau de esfriamento quando há influência do vento e do vestuário molhado. A roupa molhada do esportista pode levar em média à queda da temperatura corporal em até 3°C (lembrar também de trocar as meias molhadas!). Por isso não se deve usar muitos agasalhos, pois isso deixará a roupa e a pele molhadas aumentando a sensação de frio. Felizmente, por aqui não chegamos ao ponto de correr o risco de congelar nossas extremidades, pois isso ocorre quando a temperatura ambiente ultrapassa 25°C negativos. 
Procure aumentar a intensidade aos poucos para que sua adaptação seja menos dramática e, é claro, não se exercite desprotegido do frio muito menos quando não se sentir bem para isso. Se quiser manter sua rotina em dia, vá para um ambiente protegido.
A análise ambiental também é parte da preparação do atleta e dos cuidados de saúde! Fique atento quando a temperatura ambiental é igual ou inferior a 24°C.





Efeitos do calor


O calor excessivo é fator de risco para lesões ou danos ao organismo, por exemplo:
- cãibras

- desidratação
- desmaios
- fadiga
- hipertermia.

Para a prática segura de atividade física recomenda-se a realização da etapa de aquecimento (aumento da temperatura corporal e do metabolismo em geral). Porém, quando a atividade física é realizada em ambientes muito quentes ou úmidos, aparecem as lesões ou danos relacionados a alta temperatura. Vejamos as lesões mais comuns:
a) cãibras: deve-se ao aumento da perda de eletrólitos através do suor. Elas acontecem nos músculos mais exigidos durante a prática esportiva;
b) desmaios: ocorre pela queda da pressão arterial. Ocorre geralmente quando não se faz o desaquecimento adequado após a atividade física ou quando se fica muito tempo em pé, pois o sangue fica estagnado nos membros inferiores;
c) exaustão: a combinação de alta temperatura e desidratação pode provocar tontura, fadiga extrema, dor de cabeça e suor excessivo. Isso decorre do aumento da circulação sanguínea na pele com o objetivo de esfriar a temperatura corporal. Como o sangue também deve nutrir os músculos e o suor excessivo pode levar à desidratação, os sintomas citados aparecem pelo aumento da frequencia cardíaca e queda da pressão arterial;
d) hipertermia: é uma situação de risco de morte, pois os órgãos vitais sofrem com a baixa circulação sanguínea. Os sinais e sintomas são: pele seca e quente, aumento da temperatura corporal (acima de 36,7°C), irritabilidade, alteração de comportamento (como confusão mental) podendo ocorrer ainda, convulsões.
Como tratar?
1. Diante de cãibras, procure alongar e massagear suavemente a região afetada;
2. Em caso de tontura, deite-se e mantenha os membros inferiores elevados para aumentar o retorno sanguíneo para o coração;
3. Em caso de elevação de temperatura corporal, procure esfriar com massagem com gelo (nuca, braços, tórax);
4. Procure assistência médica imediata na suspeita de hipertermia.
Como prevenir?
1. Mantenha-se hidratado. Use bebidas repositoras de eletrólitos (sódio, potássio dentre outras);
2. Controle seu corpo:
a) se você perde mais de 3% do peso após a atividade física é um sinal de alerta. Cuide da hidratação;
b) Verifique a cor da sua urina. Se ela estiver escura é um sinal de desidratação;
c) Use roupas claras e adequadas que permitam a evaporação do suor;
d) Proteja-se dos raios ultra-violetas usando bonés e protetor solar;
e) Mude os horários dos treinos ou atividade física se possível evitando os horários de maior temperatura e exposição aos raios solares;
f) Se estiver chegando em um local mais quente que o seu habitual, treine leve no primeiro dia. Isso permitirá seu organismo a se adaptar às novas condições climáticas. Aumente a intensidade dos treinos gradualmente.
fonte: Bang brothers